Às 05h00’ do domingo começa o meu dia, porque as missas começam às 07h00 nas comunidades cristãs da missão. Muitas são distantes e para alcançá-las temos que percorrer caminhos de terra. Quando chegamos, as pessoas das comunidades já estão lá para preparar o ambiente, colocar cadeiras, acolher as pessoas; provavelmente se levantaram muito cedo.
A paróquia ainda tem estruturas precárias onde cadeiras e carteiras não podem ser deixadas. São poucas as capelas que têm a Eucaristia presente e o edifício concluído e edificado. Muitas vezes as nossas igrejas são nas sombras das arvores.
Depois das missas dominicais, sentamo-nos sob as árvores, em círculo: nas comunidades cristãs há encontros frequentes com os leigos para planejar a ação pastoral; também os grupos das catequeses acontecem assim, cada turma a sua arvore, os cristãos em círculo e muito desejo de crescer na fé.
Uma turma de catequese
Nos últimos anos, houve muitos momentos de confronto com os leigos sobre o melhor caminho a percorrer para que as comunidades cristãs cresçam na adesão a Cristo e com alegria compartilhar com elas o carisma de comunhão pela missão pela qual sou apaixonada há quase 25 anos de consagração na Comunidade Missionária.
Muitos leigos dizem que, antes assistiam às missas, mas não tinham oportunidade de receber formação. Agora entendem o que estão fazendo, porque sentem os missionários próximos a eles, dizem que temos paciência para lhes explicar bem, permitindo que cresçam e formem outros leigos.
Estou feliz por poder oferecer a estes irmãos as ferramentas para evangelizar e ser protagonistas da minha própria missão:
“Ide, portanto, e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei” (Mt 28,19-20).
