Tudo nasceu na sede dos missionários Xaverianos em Cagliari nos anos 1970: um grupo de jovens, liderado por Pe. Luigi Prandin e Maria Luigia Corona, vivendo uma experiência de comunidade, amizade, espiritualidade missionária, escolhendo viver a Palavra de Deus diariamente. A consciência de um chamado à consagração a Deus amadurece gradativamente em vários deles, dando vida a uma nova realidade missionária na Igreja.
O então bispo de Chioggia, Mons. Sennen Corrà dá as boas-vindas à obra que surge na diocese veneziana e nasce a Comunidade como uma união de culto e religião. O bispo vê naquele primeiro grupo de jovens ansiosos para viver uma vida de radicalidade evangélica, a ação de Deus que, por meio do seu Espírito, aparece na Igreja com carismas que respondam às necessidades dos tempos.
O nome "Comunidade Missionária" define a nossa realidade: pessoas que desejam viver em comunhão fraterna, portanto "comunidade"; chamados e empenhados em viver a missão, na conotação específica de “missão ad gentes”.
A especificação “di Villaregia” refere-se ao nome da pequena cidade da diocese de Chioggia onde está localizada a sede principal.
De acordo com o novo código de direito canônico, em 25 de março, Mons. Corrà oficializa a Comunidade como uma associação pública de fiéis de direito diocesano.
Em dezembro de 1985, a Comunidade cruzou as fronteiras europeias para desembarcar na América Latina, em Belo Horizonte (Brasil) e em Lima (Peru). Em Belo Horizonte o bispo dom Serafim enviou os primeiros missionários e missionárias no bairro Betânia, onde o povo os acolheu com um cartaz de agradecimento a Deus que enviou “uma chuva de padres e madres”. Assim começou a caminhada da CMV na paróquia São Sebastião, na Betânia.
O número de membros aumenta, novas comunidades surgem na Itália na diocese de Nola (1989), Pordenone (1991) e no exterior, na Costa do Marfim (1991) nos anos seguintes, no México e em Porto Rico.
A escuta do povo, das necessidades e das prioridades leva à escolha de fazer algo para as crianças carentes. O povo se mobiliza juntamente com os missionários, numa “procissão do tijolo”, onde cada um oferece o que pode para a construção de um Centro de Acolhida para as crianças e adolescentes. O Centro de Acolhida foi inaugurado no dia 8 de dezembro de 1990.
Nasce a segunda Comunidade Missionária no Brasil, na periferia das periferias de São Paulo. Dom Emilio Pignoli acolhe os missionários e as missionárias fundando a nova paróquia Santíssima Trindade.
É a vez de ir ao encontro dos jovens. O nascimento do Centro Cultural Esportivo Betânia permite oferecer um Cursinho pré-vestibular, Cursos de alfabetização para jovens e adultos, oficinas de esporte, música, etc.
A vida se desenvolve também na periferia de São Paulo e o Centro Infanto Juvenil Santa Júlia, que acolhe crianças vulneráveis, move os primeiros passos com a benção do povo e de Dom Emilio. Rapidamente os beneficiários serão 120 crianças e 60 adolescentes.
O Pontifício Conselho para os Leigos em 26 de maio reconhece a Comunidade como Associação Pública Internacional de Fiéis. Após cinco anos de “ad experimentum”, os Estatutos obtiveram a aprovação definitiva em 26 de maio de 2007.
A Comunidade dá vida a entidades sem fins lucrativos ativos na cooperação internacional e em projetos de desenvolvimento. Nasce na Itália a ONG Comunidade Missionária Villaregia para o Desenvolvimento (Comivis), que colabora com outras associações nos países onde a Comunidade está presente com projetos para a população local.
Em 2009 chegamos à Moçambique, assumindo uma vasta missão na periferia de Maputo, na capital.
No primeiro grupo de missionários há também 5 brasileiros. O povo leva até uma hora e meia a pé para alcançar a igreja e participar das celebrações, da catequese e dos encontros.
Em 2012, o Pontifício Conselho para os Leigos, após uma investigação aprofundada, decretou a destituição dos fundadores como presidentes da Comunidade e nomeia comissário pontifício Pe. Amedeo Cencini, que vai liderar a Comunidade até 2015.
O Pontifício Conselho para os Leigos acompanha esta fase da vida comunitária com grande preocupação, confirmando plenamente a validade do nosso carisma e encorajando os membros a continuarem com dedicação a sua ação missionária e evangelizadora.
Em julho de 2015 é convocada a Assembleia Geral que elege o Pe. Amedeo Porcu como presidente e os membros do conselho presidencial.
As boas-vindas do Cardial Philippe Ouedraogo, arcebispo de Oaugadougou, capital de Burquina Faso, permitem aos missionários iniciar uma nova missão nas periferias da cidade.
O desenvolvimento das obras sociais em Belo Horizonte leva o nascimento de uma associação que cuide e desenvolva sempre mais atividade para ajudar os mais carentes. Nasce assim o grupo Crescendo na Vida de convivência e fortalecimento dos vínculos para idosos.
Em abril de 2018 nasce mais uma Associação para acompanhar os projetos sociais em prol da população: a CMV Social. Aos poucos irá articular os projetos do Juventude da Hora para adultos, jovens, adolescentes e crianças e o Centro Infanto Juvenil Santa Júlia.
Em meados de novembro, dois missionários e três missionárias viajaram à Etiópia para dar vida a uma nova missão. A comunidade foi convidada a assumir este serviço pelo Pe. Angelo Antolini, prefeito apostólico de Robe. A Comunidade foi convidada a dar testemunho do Evangelho e a realizar obras de promoção e desenvolvimento social na região de Kofale, no sul da Etiópia.
As enchentes em BH antes, e a emergência pandêmica COVID-19, empurram todas as sedes da CMV no mundo a responder as necessidades das pessoas atingidas
Entre junho e julho a assembleia geral elege e nova presidência e define o documento programático para os próximos anos.
Fazem parte da nova presidência, Briseida Cotto Ayala, presidente, pe. Giorgio Parenzan, Vice-presidente, e os conselheiros, pe. Antonio Serrau, Angel Gabriel Cortes Colon e Antonietta Tufano.
Saiba Mais
O Início em Villaregia
1981Os missionários chegam ao pequeno povoado da província de Rovigo. Em Rovigo, comuna italiana, da região do Vêneto, nordeste da Itália, ambas as casas encontradas
Os primeiros passos na Sardenha
Um grupo de missionários e missionárias é acolhido na Diocese de Cagliari, onde já nos meses anteriores as missionárias começaram a viver em um apartamento cedido por uma família de amigos em Quartu Sant’Elena.